sábado, 17 de setembro de 2016

Premiações e Campeonatos realizados no CTC - Centro Tático Cobras de Boituva


No sábado passado, 10 de setembro de 2016, realizamos mais uma etapa de dois campeonatos realizados no CTC - Centro Tático Cobras e organizados pelo COB - Clube Olímpico Boituva. Ambos esses campeonatos apresentam regras e modalidades esportivas iguais e são de tiro de precisão, abrangendo desde o tiro com Carabina de Ar Comprimido, até com Revólveres, Pistolas e Carabinas em calibres .22 e .38. As regras e maiores detalhes podem ser vistos pelos atiradores e interessados em participar no SITE DA CBC especialmente desenvolvido para a orientação e acompanhamento do Campeonato Regional CBC.

Marcos, acompanhado de sua esposa, recebendo as medalhas

Ao termino de mais essa etapa alguns de nossos atletas receberam medalhas em premiação por suas excelentes performances no tiro esportivo, dentre os quais pudemos registrar em foto os colegas Marcos e Hélcio. Marcos é exímio atirador destacando-se no tiro com revólver em 4" e Hélcio atira em diversas modalidades tendo como destaque seus resultados com a Carabina de Ar Comprimido 4,5 mm.

Hélcio recebendo sua premiação do Instrutor Marcos Schmidt

O Calendário dos campeonatos do CTC está disponível para consulta em nosso SITE.

sábado, 3 de setembro de 2016

Novo Curso - Tiro com Arma Longa (O Caçador) com Hector AL

Hector AL - Posição em Pé com Apoio

O CTC - Centro Tático Cobras de Boituva apresenta aos atiradores o Curso de Tiro com Arma Longa (O Caçador) ministrado pelo instrutor Hector AL. Serão 8 horas de aula, sendo a parte teórica realizada pela manhã abrangendo os temas: Nomenclatura das Armas Longas, Nomenclatura das partes de armas, Mecanismos de funcionamento, Tipos de cano, Aparelhos de mira (Abertas e Óticas), Balística, Tipos de munição e nomenclatura dessas, Fundamentos do tiro e Posições de tiro com arma longa.

Após almoço, que é oferecido no próprio CTC, os alunos passarão à parte prática, na qual irão disparar 70 tiros usando carabinas .22 e rifles .38, nas várias posições de tiro aprendidas no curso.

Hector é Policial Civil e instrutor com grande experiência no uso de arma longa, com cursos de formação e especialização no uso de diversos aramamentos, dentre os quais fuzis e sub-metralhadoras.

Entre em contato com o CTC e reserve sua vaga no próximo curso pelo telefone 15-99185-8246 ou pelo e-mail atendimento@ctcobras.com.br. Assista ao filme com uma demonstração da instrução prática:


domingo, 7 de agosto de 2016

Tiro Policial de Combate - StressFire

Por: Francisco Pinto

Massad Ayoob atirando com seu Smith & Wesson modelo 13
calibre .357 Magnum, cano de 4". Photo by: Bill Dorvillier 

O treinamento de tiro policial em nosso país normalmente é realizado em sua forma mais convencional: na tranquilidade de um stand de tiro, com visada e tendo como objetivo um alvo humanoide de papel.  É praticamente um Tiro de Precisão, bem diferente do Tiro de Combate. Além de ser um treinamento simples, se pensarmos na complexidade muito maior do tiro em um enfrentamento real, ainda se treina muito pouco, com raras exceções de algumas corporações e tropas especiais. O policial, que pretenda estar preparado para o combate, acaba tendo que usar de recursos próprios para custear seu treinamento e a munição necessária para isso.

Moderno Stand de Tiro

  Logicamente o treinamento básico que citei não pode ser deixado de lado, sem estar firme nos fundamentos elementares do tiro não há aproveitamento em algum curso que proponha maior complexidade de situações. Superada essa fase, pode-se buscar algo mais avançado, de preferência que contemple o tiro sob estresse. O tão falado Stress Fire, que apesar de bastante comentado é, muitas vezes, praticado de forma equivocada. StressFire System é um sistema de treinamento, criado pelo Oficial de Polícia e Instrutor norte-americano Massad Ayoob com a colaboração de outros Instrutores policiais e que promove a preparação do profissional de segurança para o combate real. Essa preparação não é uma coisa tão simples, é necessário um treinamento que leva tempo para ser feito e que exige diversas mudanças em conceitos do atirador, muitos dos quais estão enraizados em seus hábitos, que vão desde o condicionamento mental para o combatente até a forma de empunhar a arma, as posições de tiro, como transportar sua arma ao progredir em variados ambientes, como fazer pontaria dentre outros detalhes.

Empunhadura do StressFire System

Esse conjunto de procedimentos tem origem em diversos estudos e experimentos realizados. Para se ter uma ideia do cuidado que envolveu o desenvolvimento do StressFire System uma das bases em que se fundamentou foi um estudo realizado pelo Departamento de Polícia de Nova York, que analisou mais de seis mil casos de enfrentamento violento entre seus policiais e marginais, num espaço de tempo de dez anos. A comprovação da eficácia desse sistema se confirmou nas estatísticas que constataram uma sensível redução de casos de morte de policiais em combate após sua adoção pelos Departamentos de Polícia de Nova York e Los Angeles.

Equipe anti-terror do Departamento de Polícia de Nova York

Durante uma situação de combate real diversas transformações acontecem em nosso corpo. Quando nos deparamos com a possibilidade de perdermos nossa vida, próximos de travar com nosso oponente um duelo mortal, experimentamos uma reação corporal de alarme. A adrenalina (epinefrina), mais poderoso hormônio de nosso corpo, é instantaneamente liberada e como resultado o sangue é drenado das extremidades para os grandes grupos de músculos e para as vísceras. A pressão sanguínea se eleva, assim como a taxa de batimento cardíaco, nosso rosto fica pálido, as mãos ficam trêmulas. Nossa visão perde percepção periférica, num fenômeno chamado de visão de túnel, concentrando seu foco na origem do perigo, que é nosso oponente. Toda essa transformação, que é característica dos mamíferos, prepara-nos para um esforço fora do normal, para defender nossa vida, o que na natureza aconteceria através de um enfrentamento corporal.



Esse instinto ancestral não poderia prever que usássemos, milênios mais tarde, uma arma de fogo em nossa defesa. Como resultado essas alterações do corpo terminam por prejudicar nossa habilidade de atirar eficazmente. As mãos trêmulas atrapalharão a estabilidade da arma, posições de tiro complexas não conseguirão ser coordenadas corretamente, aquelas movimentações táticas que você tanto treinou a ponto de torná-las num complexo balé sumirão de sua mente e a visão de túnel simplesmente o impedirá de focar o aparelho de mira.

Efeito da visão de túnel

É um pouco complicado saber que todo aquele treinamento feito no stand, concentrado no perfeito alinhamento de alça e massa de mira com o alvo estático, no controle de sua respiração, gatilho e etc, o prepararam para um campeonato de tiro esportivo e até servirão de base para outros treinamentos mais complexos, inclusive para o StressFire, mas não o prepararam para o tiro mais importante de sua vida, justamente aquele que você irá disparar para preservá-la.



Você, que treina com frequência, pode estar pensando consigo: "balela! eu já me condicionei, treinei tanto que vou sacar e alinhar minhas miras com o alvo automaticamente". Outro estudo realizado pela instituição norte-americana Police Foundation, que foi levado em consideração na gênese do sistema StressFire, atesta que a realidade é outra. Segundo a base de dados dessa entidade apenas 1 em cada 4 tiros disparados por policiais acertou o oponente. Um baixíssimo aproveitamento de 25%. Isso motivou vários departamentos de polícia norte-americanos a adotarem o treinamento de suas forças com o StressFire Sightpoint, um sistema derivado do Point Shooting, que numa tradução seria o Tiro Apontado. Técnica desenvolvida pelo Coronel britânico William Fairbairn (1885-1960) e depois aperfeiçoada por outro Coronel norte-americano Rex Applegate (1914-1998).
William Fairbairn e Rex Applegate

No Brasil uma técnica semelhante, um pouco mais simplificada, foi introduzida na década de 1980 pelo instrutor italiano Sérgio Coló Moore, de quem tive a felicidade e honra de ser aluno. Coló a chamava de Tiro Instintivo e a ensinou aos seus discípulos instrutores bem como treinou vários policiais com ela. Não sei por qual razão, após o falecimento de Coló e com o passar do tempo, ela deixou de ser divulgada. O que é lamentável pois, como demonstraram os estudos que embasaram o desenvolvimento do StressFire Sytem, ela é importantíssima para a sobrevivência policial. Está em nossos planos, em breve, oferecer esse treinamento em módulos para profissionais da segurança pública, privada e atiradores civis avançados.




sábado, 16 de julho de 2016

Vídeo de treino de tiro com Carabina .22

Assistam ao Vídeo com um treino de tiro de precisão com carabina calibre .22 da CBC modelo 7022. Lembramos que para participar das atividades do Centro Tático Cobras de Boituva é necessário cumprir as exigências da legislação em vigor, inclusive dos limites mínimos de idade previstos. Os interessados em conhecer o CTCB podem, por favor, agendar sua visita comunicando-se pelo telefone (15) 9 91858246. 



Com uma carabina .22 você pode praticar diversas modalidades de tiro esportivo, desde o tiro de precisão, como nesse vídeo, ou Silhueta Metálica Small Bore, modalidade que pode ser praticada no Centro Tático Cobras, mas que requer uso de miras óticas, pela longa distância e pequeno tamanho do alvo. 
Também o IPSC (International Pratical Shooting Confederation) tem uma categoria de Armas Longas .22, uma modalidade bem dinâmica e emocionante em suas competições. 
Além disso, é a arma ideal para o tiro recreativo, também chamado "Plinking" por usar normalmente latas vazias como alvo e ouvirmos o característico som "PLINK!" quando acertamos. 
Lembrando que a caça no Brasil não é permitida, aqui só é permitido abater animais destruindo seu habitat, ateando fogo na lavoura de cana ou com uso de pesticidas, herbicidas e outros, ai pode e com as bençãos governamentais, mas essa arma é, por excelência, uma ótima opção para a caça de pequenos animais, como lebres, pombos e outros. 

domingo, 10 de julho de 2016

Treino em seco (Dry Fire) e com uso de Airsoft ou Armas de Pressão. Baratos, eficazes e realistas

Dry Fire - Treinamento em casa

Por: Francisco Pinto

O Dry Fire, treino com a arma sem munição real, é uma forma eficaz e barata de manter suas habilidades adquiridas com o treinamento em campo ou mesmo de desenvolve-las melhor para seus próximos tiros no Stand. A grande maioria dos atiradores esportivos de ponta dedica uma parte de seu tempo para essa prática. Para melhor praticar é recomendável que você obtenha munição de manejo, chamadas comercialmente de Snap Caps, são munições inertes, que não danificarão sua arma com o disparo em seco, elas absorverão o choque do percutor de forma semelhante ao que ocorre num tiro real. 

 
Snap Caps

Com o Dry Fire você poderá exercitar-se em quase todas as ações necessárias à prática do tiro: saque, empunhadura (Grip), colocar-se em posição de disparo, apresentação da arma, alinhamento de alça e massa de mira com seu alvo (pontaria) e acionamento do gatilho. Pode ainda efetuar carga e recarga, além de resolver situações de possíveis panes. A única coisa que você não conseguirá fazer é efetuar o disparo real e verificar no alvo a eficácia de seu tiro. 

Treinamento de Airsoft em grupo

Já o treino com Airsoft ou Arma de Pressão possibilita que você não somente possa checar o resultado de seu disparo como ainda treine em grupo reproduzindo situações reais de combate. Recentemente no CTC - Centro Tático Cobras realizamos um curso de Low Light (Intervenção em Baixa Luminosidade) destinado a policiais e profissionais da área de segurança e ministrado pelo Ten. Torbes da Brigada Militar do Rio Grande do Sul e praticamente todo treinamento tático foi feito com uso de Airsoft (em algumas situações mesclamos Airsoft e marcadores de Paintball). Foi interessante notar que a maioria dos alunos utilizou arma de Airsoft própria. Isso possibilitou um treinamento bem próximo da situação real. 

Armas de Airsoft

Há no mercado diversos modelos de armas de Airsoft disponíveis, não sendo difícil encontrar uma réplica da arma real que você costuma usar, o que lhe dará melhor aproveitamento em seu treino. As armas de mola, chamadas Spring, necessitam ser armadas a cada tiro. As armas elétricas já são semi-automáticas, dando melhor dinâmica ao seu treino. As de CO2 são uma excelente opção também, entretanto é necessário que o atirador apresente seu CR no ato da compra. Já tive a oportunidade de atirar com uma arma, trazida por um associado do Clube, com propulsão a gás de isqueiro, ela atirava muito bem, mas nunca mais encontrei outra com esse sistema no mercado. 


Arma de Pressão a CO2 calibre 4,5mm (atira esferas)

Vou lhes passar uma sugestão de rotina de treinamento Dry Fire ou com Airsoft/Arma de Pressão. A arma de pressão que recomendo é semelhante ao modelo da foto acima, de CO2, essa é uma réplica de pistola Sig Sauer. Existem réplicas de variados modelos de armas reais. Elas atiram pequenas esferas de metal, sendo semi-automáticas. São armas que oferecem maior perigo durante o treinamento, pois a esfera pode causar ferimentos de natureza grave, necessitando de maiores cuidados e de ser usada num ambiente melhor preparado. A rotina que lhes recomendo não é de minha autoria, mas sim uma criação da Personal Defense Training, um entidade privada Norte Americana de treinamento, que tem à sua frente o renomado Instrutor John Butler. 


Dry Fire usando alvos típicos de IPSC em escala

ROTINA DE TREINAMENTO (pistola ou revolver)

Observe todas as regras de segurança de uma arma real, treinar com armas ou munições inertes irá fazer com que você repita essa rotina com uma arma real, e a não observância das normas de segurança no treino é um grave erro, pois você levará vícios de comportamento ao stand, o que poderá provocar graves acidentes colocando sua vida e de seus companheiros em risco. 
Ao treinar com Snap Caps e arma real certifique-se de que sua arma está limpa, retire toda munição real e a guarde em outro quarto ou sala de sua casa, nunca deixe munição real no espaço onde ira praticar Dry Fire.  Ao treinar com Airsoft ou Arma de Pressão nunca deixe uma arma real no espaço onde irá praticar, guarde-as em outro local. Não pratique assistindo TV ou com sua atenção voltada à mensagens e chamadas em seu celular, desligue-os. Dedique-se apenas ao seu treinamento.
Quinze minutos diários de treinamento serão o suficiente para que você tenha uma gradativa e eficaz melhora em seu treino com arma real. É melhor treinar quinze minutos três ou quatro vezes por semana do que uma hora apenas uma vez na semana. 

IMPORTANTE: RISCO DE GRAVE LESÃO NOS OLHOS
ATIRANDO COM AIRSOF OU PRESSÃO  USE  ÓCULOS DE SEGURANÇA
As esferas impactam o alvo e retornam ainda com forte potência, podendo provocar lesão nos olhos do atirador. Caso tenha a máscara de Airsoft ou Paintball use-a.

EXERCÍCIOS

1) Com a arma empunhada com as duas mãos e em posição de pronto-emprego eleve-a até a posição de tiro sem acionar o gatilho, repita isso de 5 a 10 vezes, sem pressa.
2) Com a arma no coldre, saque e coloque-se em posição de tiro alinhando o aparelho de mira com o alvo, sem disparar, dedo fora do gatilho. Faça esses movimentos bem lentamente e buscando a perfeição de empunhadura e posição de tiro, essa preparação irá criar sua "memória muscular" para o saque. Repita 10 vezes.
3) Com a arma no coldre, repita o movimento do exercício anterior, porém agora com maior velocidade, mas mantendo seu saque e apresentação com suavidade. Não dispare, apenas alinhe com o alvo, faça pontaria. Repita 10 vezes.
4) Repita o exercício anterior (exercício 3), mas ao alinhar a arma com o alvo concentre-se em manter o foco de sua visão na massa de mira (nunca na alça ou diretamente no alvo), feito o alinhamento imediatamente toque seu dedo na tecla do gatilho, mas sem disparar, apenas o coloque sobre a tecla. Repita 10 vezes. 
5) Repita o exercício anterior acrescentando o disparo. Monitore a movimentação de sua arma durante o disparo, e a cada novo tiro tente manter a arma e o alinhamento do aparelho de mira com o alvo o mais estável possível, repita 10 vezes (usando Airsoft ou Arma de Pressão poderá conferir sua performance no alvo).
6) Faça 4 saques completos, com disparo, igual ao exercício anterior, acrescentando giro à direita em 90 graus. Faça mais 4 saques com disparo com giro à esquerda em 90 graus. Faça mais quatro saques com disparo com giro a 180 graus. 

* aqui fica uma sugestão, você pode usar tampas de embalagem de alumínio, do tipo "Quentinha", usada para Mamitex, como alvo para a arma de Airsoft. O local de impacto dos Pelets ficará perfeitamente marcado